quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Opiniao Formada - Edersen Lima

Na maior cara-de-pau 


Brasília - Um post (abaixo) do advogado Alex Ladislau me chamou a atenção para um fato que envolve o mundo evangélico, apontando a crescente onda de informações sobre cristãos que passam a perna em cristãos muitas vezes com a Bíblia debaixo do braço, e repetindo versículos dela na maior cara-de-pau enquanto "pregam".
 
Pela frente se mostram como seguidores e servos de Deus. Evocam Jesus ou Joshua em tudo. Vivem repetindo "Aba-Pai!". Fazem tatuagens no corpo afirmando seus votos. Mas 
por trás, mentem e trapaceiam. Uns vão mais além,  agridem indefesos, roubam e matam. E outros, só não fazem isso por falta de oportunidade.
 
Há algum tempo, ser evangélico era tido como ser uma pessoa serena, íntegra, temente a Deus, portanto, um ser contrário ao mau caratismo. Ser evangélico era sinônimo de pessoa honesta, ética e sincera. Sei não. Um tio meu morreu assassinado por um pastor evangélico que o estava roubando e fora denunciado à Polícia. Após apertarem as mãos na frente do delegado com o compromisso do pastor em ressarcir o dinheiro desviado da sociedade que os dois tinham, ao sair da Delegacia, o "homem de Deus"(?) sacou arma e deu dois tiros no "irmão", acabando ali a sua dívida financeira. 
 
Mais recente. O pastor Isamar Ramalho, líder da igreja Assembléia de Deus em Roraima, é condenado da Justiça por desviar recursos dos fiéis para fazer a reforma na sua casa, e na casa da sua sogra. Se é condenado da Justiça, no mínimo, alguma coisa que não cheira bem aconteceu dentro daquele templo.
 
Isamar continua líder na Igreja por causa do regimento interno que ele próprio elaborou e que lhe garante ficar por toda a eternidade como pastor chefe, que recebe salário ou compensação financeira por essa responsabilidade ou missão ou trabalho.
 
O que o líder da Assembléia de Deus comete agora é outro tipo de comportamento questionável ou mesmo, irregularidade. Funcionário do Senado empregado no gabinete do bom de pratos requintados, Mozarildo Cavalcanti (foto abaixo), ele é proibido pelo regimento da Casa de ser gerente ou sócio ou ordenador de despesas de empresa privada. A Assembléia de Deus é entidade religiosa, mas tem CNPJ e é uma entidade remuneradora, portanto, foge à regra do Senado. 
 
É curioso assistir a flexibilidade de Mozarildo em se posicionar perante questões da Justiça. Ele é testemunha de defesa de Neudo Campos e de Mecias de Jesus apontados pela Polícia Federal e Ministério Público Federal como chefes da quadrilha que desviou salários de servidores fantasmas do governo. Ao que parece, para Mozarildo, os gafanhotos não existiram e Neudo e Mecias são os caras mais limpos da face da Terra. Então, isso tudo deve ser coisa da cabeça de policiais federais e procuradores da República, não é, Mozarildo?




 
Ainda sobre o senador "flex", ele mantém em seu gabinete Isamar Ramalho que, como também dito acima, é condenado por desviar dinheiro de fiéis da Assembléia de Deus. Tudo sabido e aceito pelo seu chefe. Para quem não negocia com a sua honra, haja flexibilidade de interpretações e posições em defender gafanhotos e um condenado da Justiça por desviar dinheiro da fé das pessoas.

Em tempo atrás o Senador que também pertence a Seita Maçônica
pregou no púlpito da Igreja Assembleia de Deus
a pedido do Presidente Isamar Pessoa Ramalho. "VEJA MAIS"  
 
É claro que existem - e muitos -, evangélicos sérios e devotados à palavra de Deus. Fazem a coisa certa, plantam e colhem o bem. E têm um ponto em comum: não precisam ficar como os falsos crentes re-afirmando uma condição que não possuem. Esses, não são evangélicos e sim, se disfarçam, se passam por evangélicos para escamotear a verdade de suas índoles, como bem expõe o post de Alex Ladislau, sobre a triste realidade de que existem cristãos que passam a perna em outros cristãos. Acrescento que uns vão além, amputam a perna de suas vítimas, também, na maior cara-de-pau.

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